Dia da Caatinga: Seminário debate políticas públicas para um bioma sustentável com abertura da ministra Marina Silva

Evento promovido pelo PRS-Caatinga entregará uma carta com recomendações para a Administração Pública Federal

O Projeto Rural Sustentável-Caatinga e a Reserva da Biosfera da Caatinga promovem, no dia 28 de abril, Dia da Caatinga, às 10h, o seminário on-line “Políticas Públicas para uma Caatinga Sustentável”. O evento terá como debatedores especialistas e autoridades no tema, com abertura da ministra de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e da secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Renata Bueno Miranda. A transmissão do seminário será realizada pelo canal YouTube da TV Caatinga.

O evento será composto por três mesas redondas que irão debater as políticas públicas e agendas programáticas necessárias para o desenvolvimento sustentável do bioma, levando em consideração as mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade, o combate à desertificação e a necessidade de promover a segurança alimentar, hídrica e energética do semiárido. Ao final do seminário será apresentada uma carta com recomendações para a Administração Pública Federal. O documento será enviado para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Alecksandra Vieira de Lacerda, vice-presidente do Conselho da Reserva da Biosfera da Caatinga, destaca que o seminário colabora para construir novas visões sobre o bioma, com desdobramentos em estratégias inovadoras.

- A proposta do evento em comemoração ao Dia Nacional da Caatinga é proporcionar uma visualização do bioma sobre o prisma das potencialidades. E dentro dessa construção de um debate por múltiplos atores, visualizar as metas estratégicas que fortaleçam uma nova relação com o bioma. São desafios que se colocam na pauta atual e que demandam uma nova leitura - integrada com as dimensões ambientais, sociais e econômicas. O nosso desafio maior é promover o desenvolvimento e traçar as rotas de conservação dos marcadores naturais, incluindo os serviços ecossistêmicos -, comentou Alecksandra.

Em contribuição a essas demandas, o diretor do Projeto Rural Sustentável Caatinga, Pedro Leitão, explica que o Projeto está promovendo a adoção da agricultura de baixo carbono em cinco estados nordestinos. E enfatiza a necessidade de políticas que articulem a produção sustentável de alimentos com a ampliação de mercados para os produtos de uma agricultura familiar sustentável.

- Somos pioneiros em levar o debate da agenda climática para os pequenos produtores, oferecendo a esse público uma assistência técnica qualificada em Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono. Além disso, estamos investindo no fortalecimento de cooperativas que comercializam produtos genuínos da Caatinga. A partir dessa experiência, queremos contribuir para a construção de políticas coordenadas e transversais que articulem a questão ambiental com os âmbitos sociais e econômicos. Estamos trabalhando para tornar a agricultura de baixo carbono um diferencial da agricultura familiar e de seus produtos -, detalhou Leitão.

PROGRAMAÇÃO

Abertura:

Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima

 

Necessidades de políticas para promover a potência ambiental, florestal e agrícola da Caatinga

  • Carlos Veras, Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores, Pernambuco
  • Alecksandra Vieira de Lacerda, Professora da Universidade Federal de Campina Grande - Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido
  • Pedro Leitão, Diretor do PRS Caatinga

 

Iniciativas para o desenvolvimento sustentável da Caatinga

  • Mauro Pires, Secretário Adjunto do MMA
  • Alexandre Pires, Diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA
  • Francisco Bezerra, Jornalista e Presidente do Instituto Nordeste 21

 

Ações para a agricultura de baixo carbono na Caatinga

  • Lucia Marisy, Vice-Reitora da Universidade Vale do Rio São Francisco e Professora do Mestrado em Extensão Rural e Doutorado em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial
  • Salete De Moraes, Pesquisadora A em Sistemas Sustentáveis de Produção Animal da Embrapa Semiárido
  • Gustavo Bediagra, Analista Ambiental, Ibama- Brasília/DF
  • Francisco Campello, Presidente do Conselho da Reserva da Biosfera da Caatinga e Coordenador Regional Projeto Rural Sustentável Caatinga

 

Encerramento: Apresentação de carta aberta com recomendações para a Administração Pública Federal

 

Sobre o PRS Caatinga - O Projeto Rural Sustentável Caatinga é uma iniciativa financiada pelo Fundo Internacional para o Clima do Governo do Reino Unido, em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional. A execução do PRS Caatinga é realizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Mais informações em: www.prscaatinga.org.br

Sobre a Reserva da Biosfera da Caatinga - A Reserva da Biosfera da Caatinga (RBCA) foi criada em 2001 após o reconhecimento pela UNESCO como área territorial representativa de valiosos ecossistemas terrestres, marinhos e costeiros. Atualmente, abrange uma área de 190 mil km2 espalhados em dez estados brasileiros. A  Reserva da Biosfera da Caatinga se constitui como instrumento de gestão integrada e participativa dos territórios, visando garantir a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável de modo a harmonizar a relação do ser humano com a Natureza e  proporcionar a melhoria da qualidade de vida. Mais informações em: https://reservasdabiosfera.org.br/reserva/rb-caatinga/

SERVIÇO

Seminário Políticas Públicas para uma Caatinga Sustentável

Dia 28/abril, das 10h

Transmissão on-line pela TV Caatinga - https://bit.ly/dia_da_caatinga

 

INFORMAÇÕES para IMPRENSA

Patrícia Lyra

E-mail: patricia.lyra.fonseca@gmail.com

Telefone: +55 81 9938-6230

Patrisia Ciancio

E-mail: zizaciancio@gmail.com

Tel. 55 21 98656-2877


1st Caatinga Bioeconomy Business Forum - highlighting the importance of farmers to ensure food security and tackle climate change

Debate brought together representatives from MAPA, Embrapa and Univasf ­- public organizations in Brazil

Promoted by Low Carbon Agriculture – Caatinga Project, the 1st Caatinga Bioeconomy Business Forum, held on March 14, brought together representatives from the Federal University of the São Francisco Valley (Univasf), the Ministry of Agriculture and Livestock (MAPA) and the Brazilian Agricultural Research Corporation (Embrapa). At the event, participants spoke about the global need to face the challenges of food security and reduce the impacts caused by climate change – selecting, in this scenario, of the contributions of the Caatinga biome.

Pedro Leitão, Director of PRS-Caatinga

“How can we  contribute to ensure food security for 9 billion people 30 years from now? How can the Caatinga biome help the climate agenda? How do cooperatives deal with the possibility of bringing low-carbon products to market?”. These were some questions asked by Pedro Leitão, director of PRS-Caatinga and mediator of the first panel, to initiate the debate on business opportunities for small producers based on bioeconomy.

The bioeconomy deals with the sustainable use of natural resources and has been consolidating itself as a strategy to face climate change and the global challenges of the United Nations Organization’s 2030 Agenda . The event included relevant themes, such as: managing the use of land to have less environmental impacts, conservation of biodiversity, income promotion and generation of work and livelihood improvement.

The debate  fomented the exchange of ideas and experiences of specialists who work directly with the Caatinga biome, thus knowing its reality and particularities. Paulo Eduardo de Melo, director of AgroNordeste, from MAPA, emphasized in his speech the concern with the small producer’s economic sustainability . The Ministry is the main  beneficiary of the technical cooperation agreement between the Brazilian and UK governments.

The AgroNordeste policies aims to value the biodiversity and the regional products, which I particularly call "product identity". For instance, you can't get honey from the Caatinga biome, if the flowers are not located in this biome. It is very important that we make the biodiversity a conservation through its sustainable use. We want to develop sustainable productive systems, using the biodiversity and the available technologies", said Melo.

 

Anderson Sevilha, from the Project Bem Diverso

The national coordinator of the Bem Diverso Project and researcher at Embrapa Genetic Resources and Biotechnology, Anderson Sevilha, highlighted the importance of this event and how the persistence and resilience of the small producers are important to the biome.

Sevilha drew attention to the size of the challenge for cooperatives to access markets. “Producers and cooperatives are responsible for the whole supply chain processes that, in a normal trajectory of a company, would have a large organization behind it to  take care of the production system, logistics, production training, identification of market needs, commercialization , economic management with sustainable models, and also taking care of the business, accounting, administrative and people management itself.

Technologies and training must be at the service of family farmers

 The farmers must manage, conserve and restore ecosystems to continue producing. However, it is necessary to make technologies and continuing education available, from agricultural schools to training in Technical Assistance and Rural Extension, commented the Embrapa specialist. “It is necessary to bring traditional knowledge to the same level as scientific knowledge. There are many solutions, but we need to identify and resolve obstacles to end the hunger of more than 33 million people  and bring food security to around 100 million people, as Brazil has lots of resources and wealth within its biomes,” he said.

 

Teacher Lucia Marisy, from UNIVASF

As a hook for this speech, the permanent professor of the Graduate Program in Agroecology and Territorial Development (PPGADT) at Univasf, Lucia Marisy, detailed that the institution's activities are focused on continued work, investment in Education, Social, Health and Food Security as mechanisms to combat poverty and hunger.

– All of this is linked to climate change. We are gradually establishing models that can serve as a research field, such as Sisteminha Embrapa, which works on the product model.