Mudanças climáticas: ainda é tempo de combater

Transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima da Terra: essas são as mudanças climáticas. Apesar de tais mudanças ocorrerem de forma natural, advindas das variações no ciclo solar, por exemplo, as ações humanas têm sido as principais impulsionadoras dessas transformações. A partir da queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás, são geradas emissões de gases de efeito estufa (GEE) que retém o calor do sol e aumentam as temperaturas do planeta. Além disso, outros problemas também são gerados, como as secas intensas, escassez de água, incêndios severos, aumento do nível do mar e declínio da biodiversidade.

Em frente a este desafio global, o Programa Rural Sustentável atua no compromisso de mitigar esses GEE, ao mesmo tempo em que potencializa o valor da natureza. Esse grande objetivo acompanha metas de proteção, restauração e gerenciamento de recursos naturais de forma sustentável para aumentar a resiliência dos ecossistemas e os serviços que deles provêm. Desta forma, é possível contribuir para alavancar a produção agrícola brasileira por meios sustentáveis, ao mesmo tempo em que possa gerar modificações institucionais, tomadas de decisões pelos atores de mudança a nível local, empresas e os próprios indivíduos.

Ações nos biomas brasileiros

Em mais de uma década atuando no Brasil, o Programa Rural Sustentável está presente nos principais biomas brasileiros para fortalecer e desenvolver cadeias produtivas na Amazônia, fomentar a adoção de tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono (Tecs ABC) no semiárido brasileiro e promover uma transição sustentável na agricultura e pecuária no Cerrado.

As ações foram desenhadas considerando cada bioma e território de atuação, de forma a oferecer ações que conservem os recursos naturais, a biodiversidade e evitam o desmatamento por meio do aumento da produtividade e rentabilidade no uso sustentável da terra, diminuindo a pobreza no meio rural. São ações conjuntas que protegem pessoas, meios de subsistência, infraestrutura e ecossistemas naturais.

No PRS – Amazônia, o compromisso gira em torno do fortalecimento e promoção de práticas e negócios sustentáveis para Organizações Socioprodutivas (OSPs) locais, oferecer capacitação e assistência técnica aos(às) produtores(as) e agroextrativistas, desenvolver ou apoiar mercados dos produtos amazônicos sustentáveis, e gerar e difundir conhecimento sobre as cadeias produtivas que fazem parte do Projeto.

No PRS – Caatinga, a adoção de tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono (Tecs ABC) no semiárido brasileiro aperfeiçoam atividades produtivas, reorientando-as para a redução das emissões de gases de efeito estufa, a preservação dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental. Isso se dá por meio do fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) pela articulação das atividades produtivas com a agenda climática de modo a reduzir vulnerabilidades e promover preservação ambiental e melhoria da renda de produtores rurais.

No PRS – Cerrado, o desafio da mitigação das emissões de gases de efeito estufa está presente ao mesmo tempo em que o Projeto busca aumentar a renda e a sustentabilidade de pequenos e médios produtores e produtoras rurais no bioma Cerrado. Esse trabalho é realizado em conjunto a todos os atores envolvidos na produção rural, seja implementando práticas produtivas sustentáveis, apoiando a estruturação de coletivos de agricultores(as), e prestando assistência técnica e extensão rural gratuitamente, além de facilitar o acesso ao crédito.

Sobre o PRS

O PRS é financiado por Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional. Atuamos nos biomas Cerrado e Amazônia, executado e administrado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), e no bioma Caatinga, executado e administrado pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Na primeira fase do Programa, foram desenvolvidos trabalhos nos biomas Amazônia e Mata Atlântica.