Programa Rural Sustentável

Contribuindo para uma transição de 
baixa emissão de carbono na agropecuária brasileira

SOBRE O PROGRAMA

O Programa Rural Sustentável contribui para uma transição na agropecuária dos principais biomas do Brasil. Buscamos restaurar terras desmatadas e degradadas em propriedades de pequeno e médio porte para melhorar a produtividade. Isso é possível com o uso de práticas de produção agrícola baixa emissão de carbono e de tecnologias sociais, ao passo que evita o desmatamento ilegal e a pressão pela expansão de novas áreas produtivas. São 62,3 milhões de euros destinados a esse grande objetivo. Mostramos, na prática, que é possível fazer mais e melhor com a área já usada pela agropecuária tradicional.

Estamos presentes em 21% do território brasileiro, em uma área de 1,7 milhão de km², atuando em 252 municípios. A fins de comparação, essa abrangência corresponde à soma da extensão de países como Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Grécia e Bélgica.

BENEFÍCIOS DA AGROPECUÁRIA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO

A agropecuária é entendida como a junção da agricultura com a pecuária. Para além das práticas tradicionais, diversas tecnologias podem ser implementas para aumentar a produtividade e resiliência do solo, ao mesmo tempo em que se reduz a pressão pelo aumento de novas áreas, combatendo o desmatamento ilegal e vivendo em convivência harmônica com o território.

É possível uma transição efetiva para uma agricultura e pecuária sustentáveis!

O Programa Rural Sustentável contribui para alavancar a produção agrícola por meios sustentáveis. Possibilita um aumento significativo na área produtiva de ecossistemas críticos, como a Amazônia, ao serem efetivamente protegidos e restaurados quando integram práticas de gestão sustentável para reduzir as emissões, construir resiliência climática e combater a pobreza no meio rural.

E a agricultura brasileira vem realizando diversas ações para reduzir o impacto ambiental, como a adoção de novas tecnologias e alternativas de manejo ou de integração de sistemas diferentes em uma mesma área. Neste contexto, o Rural Sustentável se apresenta como instrumento para proteger a biodiversidade e impulsionar os resultados positivos da natureza, uma vez que busca:

Proteger, restaurar e gerenciar os recursos naturais de forma sustentável para aumentar a resiliência dos ecossistemas e os serviços que deles provem.

Atuar de acordo com a vocação produtiva de cada território e diminuir os causadores da perda na biodiversidade e da degradação dos ecossistemas.

Potencializar o valor da natureza e seu uso de forma sustentável, gerando modificações institucionais e de tomada de decisões pelos atores de mudança a nível local, governos subnacionais, sistema financeiro, negócios e indivíduos.

COMO ATUAMOS

OBJETIVO GERAL

Conservar os recursos naturais da biodiversidade e evitar o desmatamento ilegal por meio do aumento da produtividade e rentabilidade no uso sustentável da terra, diminuindo a pobreza no meio rural.

OBJETIVO PRINCIPAIS

Pessoas

• Aumentar a renda de produtores e produtoras rurais;
• Aprimorar o acesso a incentivos para seu desenvolvimento sustentável.

Natureza e uso do solo

• Alavancar o uso de sistemas produtivos sustentáveis, com ganhos em biodiversidade e conservação dos recursos naturais;
• Promover a manutenção dos serviços ecossistêmicos e a conservação da biodiversidade por meio de ações de restauração de paisagens degradadas;
• Promover a capacitação de produtores(as) rurais para a consolidação de uma agropecuária de baixa emissão de carbono.

Clima

• Transformar os métodos de produção tradicional para uma agropecuária mais sustentável e resiliente às mudanças do clima;
• Reduzir as emissões de GEE por meio da restauração de áreas antropizadas e proteção do meio ambiente.

TECNOLOGIAS DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO

Os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), entendidos como Sistemas Agroflorestais (SAFs), e a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD) são estratégias de produção. A primeira integra diferentes atividades agrícolas, pecuárias e florestais na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, buscando efeitos sinérgicos entre seus componentes, contemplando a adequação ambiental e a viabilidade econômica. Já a RPD consiste em técnicas que promovem a recuperação da capacidade produtiva das pastagens degradadas, proporcionando o incremento na produtividade das espécies forrageiras.

  • SISTEMAS INTEGRADOS melhoram a pecuária, a lavoura e mantêm a floresta em pé.
  • RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS restabelecem a cobertura do solo e do vigor das plantas forrageiras existentes na pastagem impacto

TECNOLOGIAS SOCIAIS

São produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com as comunidades e que representem soluções efetivas para a transformação social em escala

Reconhecemos a Caatinga como um laboratório a céu aberto que cria, sistematiza e promove intercâmbios entre os saberes de produtores rurais e a experiência das organizações sociais em diálogo com conhecimento técnico e científico desenvolvido na região.

Metas para fase II

PRS – Caatinga

  • 1.500 produtores(as) rurais mobilizados(as)
  • 600 hectares de manejo sustentáveis
  • 200 hectares de área conservada em 
propriedade privada
  • + 15% de melhoria na renda familiar
  • +120 profissionais de ATER capacitados
  • 200 hectares de área restaurada
  • 20 milhões de toneladas de CO2 evitado
  • Adoção de tecnologias sociais inovadoras em energia e água
  • Publicação da coletânea Cadernos do PRS Caatinga, com resultados de pesquisa sobre condições ambientais e sociais e impacto das tecnologias de baixo carbono para sua restauração e conservação;
  • Em parceria com a UNIVASF, promove de curso lato sensu em tecnologias agrícolas de baixo carbono, com 600 inscritos, voltado para a qualificação de
serviços de ATER;
  • Realiza o mapeamento de Uso do Solo e Hidrografia a partir de imagens de satélite em alta resolução;
  • Promove o fortalecimento de diversas redes de stakeholders, incluindo a formação de um Comitê Técnico Territorial que reúne representantes de diversos setores atuantes na Caatinga.

PRS – Cerrado

  • + de 16 mil pessoas beneficiadas
  • 4.500 produtores(as) rurais capacitados(as)
  • 1.500 produtores(as) rurais com acesso ao 
crédito melhorado
  • 300 mil hectares implantados de tecnologias de baixa emissão de carbono
  • 3 mil Unidades Multiplicadoras apoiadas
  • 170 Unidades Demonstrativas identificadas
  • 20 organizações socioprodutivas fortalecidas
  • 33 pesquisas apoiadas
  • Mestrado Profissional em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) em ABC
  • Curso de Ensino a Distância em parceria com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho
  • Utilização de instrumentos financeiros inovadores em Finanças Verdes, para alavancar o crédito rural, os créditos de carbono e com potencial para replicar em outros biomas

Comparecimento em ações de capacitação em mobilização

  • 9 mil produtores(as) rurais
  • 7.800 jovens
  • 1.750 profissionais de ATER

PRS – Amazônia (extensão)

  • 400 mil toneladas de emissão de GEEs mitigadas por desmatamento evitado
  • 15% de aumento de renda familiar bruta anual
  • 10% de aumento na produtividade
  • 600 famílias de produtores(as)/extrativistas adotando práticas de produção sustentável

Resultados alcançados na Fase I

Amazônia

  • Cerca de R$ 24 milhões de reais desembolsados diretamente para produtores(as) rurais
  • 1.559 Unidades Multiplicadoras apoiadas
  • 17.922 participantes em ações de capacitação
  • 3 treinamentos presenciais realizados com Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATECs)
  • 133 Unidades Demonstrativas

Mata Atlântica

  • Mais de R$ 19 milhões de reais desembolsados diretamente para produtores(as) rurais
  • 1.984 Unidades Multiplicadoras apoiadas
  • 22.677 participantes em ações de capacitação
  • 4 treinamentos presenciais realizados com ATECs
  • 218 Unidades Demonstrativas

<span data-metadata=""><span data-buffer="">ONDE ATUAMOS

Clique no mapa para saber mais sobre os biomas e como atuamos neles!

QUEM SOMOS

Somos financiados pela Cooperação Técnica aprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com recursos do Financiamento Internacional do Clima do Governo do Reino Unido, tendo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como beneficiário institucional. Atuamos nos biomas Cerrado e Amazônia, executado e administrado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), e no bioma Caatinga, executado e administrado pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Na primeira fase do Programa, desenvolvemos trabalhos nos biomas Amazônia e Mata Atlântica.

Em um contexto mais amplo, o Programa dialoga diretamente com grandes políticas públicas brasileiras estruturantes, com destaque para o Plano setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária com vistas ao Desenvolvimento Sustentável, o ABC+, e como instrumento setorial para o cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).

A atuação nos biomas também se conecta com políticas públicas específicas para os respectivos territórios. Destacam-se dois biomas: na Caatinga, o PRS dialoga com o AgroNordeste; na Amazônia, o PRS alavanca a promoção de paisagens produtivas com extrativismo (coleta silvestre) e métodos de agropecuária de baixa emissão de carbono, com o objetivo de garantir resiliência ambiental, social e econômica, ao mesmo tempo que reduz a necessidade de conversão da vegetação nativa, consequentemente reduzindo o desmatamento ilegal e a degradação do solo na Amazônia. O PRS – Amazônia, ao intervir em três municípios (Lábrea, São Félix do Xingú e Altamira), que também são municípios prioritários do Conselho Nacional da Amazônia Legal, chefiado pelo Vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Ainda, dialogamos diretamente com a política Águas do Agro, que promove o desenvolvimento econômico sustentável no meio rural por meio da adoção de medidas e práticas de conservação de solo e água, com manejo eficiente dos recursos naturais. O foco dessa política é em microbacias hidrográficas e no fortalecimento de tecnologias sustentáveis do uso da água e do solo.

De forma tangencial, podemos citar a interlocução do Rural Sustentável com o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos). Afinal, o Rural chega a um território tão amplo e a localidades de tamanhos, características do solo e biodiversidade tão abrangentes, que a conexão com o PronaSolos pode se aprofundar ainda mais. Há, também, esforços do governo brasileiro para construir a Plataforma do PronaSolos, que reunirá informações do solo brasileiro. Os dados poderão ser acessados por pesquisadores(as), produtores(as) rurais e pela população em geral, de forma gratuita.

A maior política brasileira voltada para a agricultura de baixa emissão de carbono

NDC BRASILEIRA: Contribuição Nacionalmente Determinada

 Obtenção de resultados concretos voltados à economia de
 baixo carbono

Sinergia com políticas públicas para além do ABC+

RESULTADOS ESPERADOS

Atuação nos biomas Caatinga, Cerrado e extensão na Amazônia

Reduzir a emissão
de cerca de

29M tons

de gases de efeito
estufa por meio de desmatamento evitado

Manejar de forma
sustentável

306.800 ha

de terra

Aumento de até

25%

da renda de produtores e produtoras rurais nas áreas de intervenção

Redução da pressão para desmatar novas áreas, com quase

50.000 ha

de terra sob
gestão sustentável, evitando diretamente
o desmatamento
em 805.50 ha

Aumento de até

10%

em produtividade, em cadeias sustentáveis
na Amazônia

Evitar o desmatamento
em uma área de

132.000 ha

Beneficiar cerca de

30 mil

pessoas

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